O Estado do Tocantins registrou um total de 5.693 notificações de acidentes trabalho entre 2012 e 2016. Os dados constam no Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). No mesmo período de 4 anos, o Observatório registrou um total de 97 mortes provocadas por acidentes de trabalho no Estado. Este dado indica uma morte em acidente estimada a cada 18 dias 8h 54m 25s. Até hoje, porém, o número subiu para 105, conforme consta na ferramenta intitulada “Acidentômetro”.

O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho foi lançado pelo  procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, na semana passada, às véspera do Dia Mundial de Saúde e Segurança no Trabalho, comemorado dia 29 de abril.  A ferramenta tem como propósito a promoção do trabalho decente, e pode servir de subsidio para o desenvolvimento, monitoramento e avaliação de projetos, programas e políticas públicas de prevenção de acidentes e doenças no trabalho.

Em relação aos demais estados da Federação, o Tocantins aparece como um dos que comunicaram menor quantidade de acidentes. Entre as 27 unidades federativas, o Estado é o  24º, o que representa 0,22% do total de  notificações de acidentes no País durante o período. São Paulo, Minas Gerias e Rio de Janeiro são os três primeiros na tabela de notificações. São Paulo ocupa a primeira posição com um total de  963.264 acidentes notificados. Minas Gerais  registrou 262.126 casos e o Rio de Janeiro, 207.150.

Entre os acidentes registrados no Tocantins, 1.663 (29,27%) foram decorrentes de fraturas; 968 (17,04%) foram cortes, lacerações, feridas contusas e puncturas; 478 (8,41%) contusões e esmagamentos  e 127 (2,24%) amputações ou enucleação.

Afastamento

O Tocantins registrou um total de 681.507 dias de trabalho perdidos com afastamentos previdenciários entre 2012 até agora. No recorte 2012/2016 foram registrados 640.140 dias de trabalho perdidos.

Entre os casos de afastamento 2.633 (77,42%) se deram em função de acidentes. Outros 750 (22,05%) se deram em decorrência de  doenças. Os homens são a maioria entre os afastamentos, tendo registrado 2.815 (81,95%) casos; enquanto as mulheres  correspondem a 620 (18,05%) casos.

Sobre o Observatório

A ferramenta utiliza tecnologia livre e gratuita (open source) e foi criado pela equipe do Smart Lab de Trabalho Decente MPT-OIT. Foi concebida seguindo parâmetros científicos da pesquisa “Acidente de Trabalho: da Análise Sócio Técnica à Construção Social de Mudanças”, conduzida pela Faculdade de Saúde Pública da USP, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e em cooperação com o MPT.

Confira a tabela de comunicação de acidentes: