Polí­cia
MPT e PRF resgatam 46 Trabalhadores rurais que viviam em condições degradantes no interior de uma grande empresa agropecuária
Foto: Divulgação PRF
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Durante operação de combate ao trabalho escravo, equipes do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Rodoviária Federal flagraram no interior de uma grande propriedade rural, 46 trabalhadores morando em condições degradantes nesta última sexta-feira, 17, por volta das 10 horas, na fazenda Colorado, do grupo Agropecuária Indaiá, na região do município de Lagoa da Confusão, distante 160 km de Palmas.

Os trabalhadores rurais realizavam na fazenda serviços de “cata” de pedra, tocos e raízes, com o objetivo de limpar a área para plantio. O trabalho vem sendo executado há quase três meses e todos estavam sem a carteira de trabalho assinada e também ausência de alguns equipamentos de segurança obrigatórios.

Dos 46 trabalhadores resgatados, 28 estavam alojados em uma casa de aproximadamente 70m², sendo que um dos cômodos era ocupado por um casal de trabalhadores, onde uma senhora tinha a responsabilidade pelo serviço de alimentação. No local havia dois banheiros que não funcionavam, não havia chuveiros, não havia mesas nem cadeiras para tomar as refeições. As necessidades fisiológicas eram feitas no mato. Para tomar banho os trabalhadores utilizavam um cano em um dos banheiros, porém a maioria se valia do córrego que passa à frente da casa.

O que mais chamou atenção do grupo de trabalho que compõe a força tarefa foi o contraste entre a estrutura da empresa agropecuária, a sua capacidade produtiva e o descaso com os seres humanos que ali trabalhavam. Um dos procuradores do Ministério Público do Trabalho durante conversa com os administradores da propriedade rural, disse que apenas uma peça das dezenas de máquinas agrícolas ali encontradas seria mais que suficiente para reformar um alojamento para abrigar os trabalhadores e prove-los de condições mínimas, disse ainda ser inconcebível que uma empresa daquele porte com aproximadamente 14mil hectares de área, contrate ou terceirize atividades com outras empresas que não atenda as condições mínimas de respeito ao ser humano, ao trabalhador, prevista na legislação trabalhista.

Ao final da fiscalização, a empresa providenciou hotel na cidade de Cristalândia, a 30 quilômetros da propriedade rural e dois ônibus para o transporte dos trabalhadores.

A PRF acompanhou os trabalhadores rurais até o hotel em Cristalândia, finalizando as atividades por volta das 21h. (Ascom PRF)

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