
A Prefeitura de Gurupi, por meio da secretaria Municipal de Saúde, em parceria com Centro de Controle de Zoonose (CCZ), realizou na manhã desta quinta-feira (05/09), no Centro Cultural Mauro Cunha, uma palestra de conscientização e novas praticidades de como identificar, tratar e prevenir a raiva humana provocada por mordidas de animais.
O evento, com o tema “Tratamento Profilático Antirábico Humano”, foi direcionado aos servidores da saúde, como por exemplo, enfermeiros, médicos, agentes de endemia, agentes de saúde, técnicos de enfermagens, funcionários administrativos dos postos de saúde, bem como pessoas da sociedade.
A palestra teve como pauta principal falar da importância de como agir diante de possíveis casos de contaminação da raiva humana, provocada por animais de criação doméstica, mais comum entre gatos e cachorros.
Durante o encontro que teve como palestrante o médico veterinário, Rodolfo Braga Barros, que é gerente do núcleo de animais peçonhentos da Secretaria Estadual de Saúde, também foi citado de que todos os animais mamíferos podem ser transmissores e portadores do vírus da raiva, dentre eles foram citados, a vaca, cavalo, cachorro, macaco, gato, ratos, pacas e morcegos nesse caso os morcegos de raça hematófagos que se alimenta de sangue. Já os ratos, são um dos únicos animais que, estando contaminado com o vírus da raiva, não causa danos e nem a morte ao ser humano, pelo fato de que uma vez o rato doente procura local escuros, e de difícil acesso para se resguardar, ficando até mesmo sem apetite algum tempo até a morte.
Ainda de acordo com Rodolfo, desde a criação do Estado em 1989, já foram registrados nove casos de raiva humana, sendo dois em Gurupi, dois em Araguaína, dois em Tocantinópolis, e as cidades de Santa Fé do Araguaia, Arraias e Palmeirópolis cada uma registrou um caso.
Já a notificação de raiva em animais, chegou a 103 em cachorros e cinco em gatos. O veterinário também lembrou que uma vez o ser humano ou qualquer animal contaminado com o vírus da raiva, é impossível sobreviver. “É recomendado que quando a pessoa é mordida qualquer animal doméstico, suspeito de raiva ou não, é necessário que de imediato a ferida seja lavada com bastante água, e em seguida procurar os serviços de atendimentos de saúde. É ideal manter o animal que o atacou vivo e monitorado pelo prazo de dez dias. Todo procedimento tem que ser feito pelos profissionais da saúde e do CCZ”, finalizou o veterinário.
Para a enfermeira da Unidade Básica de Saúde do Setor Vila São José, pontuou que a palestra foi bastante significativa. “Eu mesma estou bem mais esclarecida e em eventual acontecimento em minha comunidade saberei como realizar os procedimentos legais e necessários, até que se faça os tratamentos mais aprofundados. Está de parabéns a Secretaria de Saúde em disponibilizar esse assunto tão pertinente para todos nós”, disse a enfermeira.