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Em 2010, mais de 4 mil casos de trabalho escravo foram identificados nas fazendas do Brasil

Não apenas de mortes, ameaças e tentativas de assassinatos é formada a guerra no setor agrário brasileiro. Uma forma de trabalho que há muito deveria estar extinta, ainda é uma terrível constante nos quadros rurais do Brasil. O trabalho escravo, em todas as suas modalidades, como, a privação da liberdade dos trabalhadores, e a situação degradane de trabalho.

Conforme dados do Relatório Conflitos no Campo Brasil 2010, da Comissão Pastoral da Terra, atualmente, 4.163 trabalhadores estão em situação de trabalho escravo, ou análoga ao trabalho escravo no Brasil. Mais uma vez o Estado do Pará aparece como campeão em denúncias, com mais de 1.500 pessoas neste tipo de situação. Até o fechamento do relatório, em dezembro do ano passado, a CPT registrou 562 libertações dos trabalhadores nas fazendas paraenses.

Outro Estado que desponta como um dos grandes vilões no quesito trabalho escravo nas fazendas é Minas Gerais, com 511 constatações de pessoas em situação degradante de trabalho, ou com sua liberdade impedida. No entanto, no Estado, todos os trabalhadores foram libertados. É o mesmo caso do Estado de Goiás, onde as 435 pessoas em situações de trabalho escravo, ou semelhante, foram libertadas pela justiça.

Dos mais de 4.100 trabalhadores com situação confirmada de trabalho análogo ao escravo, aliás, apenas 2.915 foram libertados, sendo 66 menores de idade. Os demais ainda aguardam decisão da justiça contra seus “empregadores”.

Lista Suja

A Organização Internacional do Trabalho, em conjunto com o Instituto Ethos e a ONG Repórter Brasil, elaborou a Lista Suja do Trabalho Escravo, que traz números ainda mais alarmantes. Vale ressaltar que a lista da OIT não se limita apenas a trabalhadores rurais.

Depois da última inserção na lista, ao todo, são mais de 250 empregadores com denúncias de imporem situações degradantes de trabalho, ou privação da liberdade aos seus funcionários. Para se ter uma ideia to tamanho da lista apontada pela OIT, existem empresas em que são mais de mil funcionários com atestada situação de trabalho escravo, ou similar.

Só em 2011, até o momento, foram registradas quase 50 entradas de novos empreendimentos com confirmação de situação degradante no trabalho.

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