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Secretaria dos Povos Originários tem trabalho direcionado para mais de 20 mil indígenas no Tocantins
Foto: Antonio Gonçalves/Secom-TO
 Titular da Sepot, Narubia Werreria. | Antonio Gonçalves/Secom-TO
Titular da Sepot, Narubia Werreria.

No Dia Nacional dos Povos Indígenas, celebrado nesta sexta-feira, 19, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), relembra o trabalho realizado em prol das etnias do Estado. Criada há pouco mais de um ano, a Sepot tem como missão fundamental fomentar, coordenar e executar políticas públicas de inclusão e valorização dos povos originários e tradicionais do Tocantins em âmbito estadual, de forma transversal, pautando-se pelo desenvolvimento sustentável, pela proteção e pela promoção dos seus direitos, visando ao seu protagonismo por igualdade e reparação histórica.

O trabalho da Sepot tem sido direcionado para 18 etnias, com mais de 20 mil indígenas, espalhadas de norte a sul do Estado. São elas: Xerente, Ixambioá, Krahô, Karajá, Apinajé, Javaé, Atikum, Fulni-Ô, Karajá Ixambioá, Tapirapé, Krahô Takaywrá,  Tuxá,  Awa, Guarani, Kanela, Krahô Kanela, Pankararu e Warao.

A titular da Sepot, Narubia Werreria, explicou que, durante o Abril Indígena, mês em que o país se volta para discutir as causas dos povos originários, o Governo do Tocantins, por meio da Sepot, tem percorrido territórios indígenas em todo o Estado para ouvir as demandas dessas populações. “Nós estamos pela primeira vez apoiando massivamente as festas e os rituais tradicionais dos nossos povos. Nunca houve um apoio tão massivo. Nessa quinta-feira, 18, estivemos no povo Panin, Apinajé, fazendo mais um apoio às festas tradicionais. Nós que apoiamos Hetohoky, a festa do povo Iny. Apoiamos a festa do povo Javaé, Xerente, Krahô e Apinajé. Já nesta sexta-feira, 19, estaremos no território Xerente, porque é assim que fazemos política pública. Para nós, todos os dias são nossos e todos os dias são dias para servirmos aos povos originários”, afirmou. 

Ela acrescenta que, na próxima semana, a Sepot apoiará a maior participação indígena do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília/DF. “Serão mais de 200 líderes indígenas, participando das discussões de saúde, educação, território e políticas públicas. A Sepot trabalha na participação e na valorização dos povos indígenas, fazendo uma política pública séria e real para nossa população”, destacou. 

O diretor de Proteção aos Indígenas, Paulo Waikarnãse Xerente, afirmou que o Abril Indígena é uma data para relembrar a história e as lutas pelas quais os povos originários passam. “Hoje, administramos o legado deixado por nossos antepassados. A cultura e o mundo dos povos indígenas são ricos em informações, e isso é algo que devemos celebrar nesta data específica”, frisou 

Paulo Waikarnãse Xerente ressaltou que o trabalho de sua diretoria tem sido baseado na articulação pela demarcação de terras indígenas. “Quanto à importância da diretoria de proteção com a comunidade indígena no Tocantins, temos ainda algumas terras sem demarcação. Estamos acompanhando essa questão em três povos: Kanela, Awa e Krahô-Kanela. Enquanto em outros povos já temos praticamente todas as terras homologadas, há três que ainda não têm sua demarcação concluída. É importante para nós também a garantia da segurança alimentar desses povos e temos acompanhado isso de perto”, afirmou.

Além disso, o diretor afirmou que o Governo do Tocantins, por meio da Sepot, tem trabalhado na articulação para a oferta de saúde e educação. “Temos parceria com órgãos de saúde indígena e educação, e estamos acompanhando as ações que envolvem a discussão sobre o combate a violência em territórios indígenas. Estamos participando dessas ações e organizando as ações que serão realizadas pela secretaria de forma itinerante. Essas são nossas ações principais dentre tantas outras”, enfatizou. 

O diretor de Fomento e Proteção à Cultura da Sepot, Célio Thorkã Kanela, avaliou que a Sepot tem procurado ao máximo apoiar eventos que visam a promoção da cultura dos povos indígenas. “Para nós é um momento muito importante auxiliar nossos povos, aos nossos parentes a cultuar, a mostrar a sua cultura que tão bela e tão diversa é a cultura dos povos indígenas do Brasil”, comentou. 

Célio Thorkã Kanela acrescentou que para ele, que também é indígena, o dia 19 de abril é um dia de relembrar a história do país “É relembrar a nossa história, o nosso pertencimento a essa terra. É um momento de confraternização, mas também um momento de luta, de visibilidade, de mostrar para a população e a sociedade que nós somos seres dessa terra, que nós somos seres humanos que pertencemos a esse território que aqui estava antes da chegada dos europeus. E aqui resistimos por anos, mostrando a nossa força, a cultura e diversidade dos nossos povos”, reforçou. (Secom/TO)

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