Polí­tica
Para presidente do Sindifato, mobilização dos sindicatos foi fundamental para evitar votação da PEC da Aposentadoria

Nas últimas duas semanas uma mobilização sem precedentes aconteceu entre os servidores do Estado do Tocantins. O Palácio Araguaia havia encaminhado a PEC 02 de 2022, para Assembleia legislativa com o objetivo de modificar a Constituição Estadual nos Artigos que tratam da aposentadoria dos servidores públicos do Estado do Tocantins.

A medida desagradou as mais de 38 entidades representativas dos servidores públicos, uma vez que não foi objeto de pauta e nem discussão com nenhuma representação profissional. Os sindicatos mobilizados conseguiram suspender a votação da PEC na comissão de constituição e justiça da Assembleia Legislativa, e depois foram até o Governo Estadual cobrar esclarecimentos.

Desde então, diversos eventos foram realizados, como a visitação aos deputados da Assembleia legislativa, reunião com os dirigentes do Igeprev, além da reunião com os secretários de Planejamento, Casa Civil, Administração e Fazenda, todos com o objetivo de suspender a tramitação da PEC, até que fosse debatida com os representantes das categorias.

Atendendo os anseios dos servidores, o governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, apresentou requerimento para Assembleia Legislativa para que a tramitação da PEC 02/2022 fosse suspensa, até que se esgotem as negociações com as representações dos servidores.

Para o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Renato Soares Pires Melo, "a mobilização e agilidade dos sindicatos foi fundamental para evitar a votação desta PEC. Todas as categorias tiveram participações nesta mobilização. A sensibilidade do Governador Wanderlei Barbosa foi essencial para suspensão tramitação da PEC".

Entenda a PEC

A Proposta de Emenda Constitucional apresentada pelo Governo do Estado do Tocantins faria alterações prejudiciais na Constituição do Estado do Tocantins.

O primeiro prejuízo seria para o servidor público vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (RPPS-TO), que seria aumentada a idade para aposentadoria com a idade mínima de 62 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem.

Outro ponto extremamente prejudicial seria o limite do valor de aposentadoria igualada ao teto do INSS que hoje é R$ 7.087,22. O que prejudicaria os servidores mais antigos, e não tiveram tempo de preparar uma aposentadoria complementar.

Em relação aos profissionais expostos aos riscos biológicos nos serviços de saúde, somente, aposentaria aos 55 anos de idade, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

De todos os pontos de vistas, o texto da PEC seria prejudicial. Por isso a mobilização das representações dos servidores foi fundamental para que haja discussão da matéria. 

As categorias seguem atentas, pois não descartam a possibilidade desta PEC retornar para a Assembleia Legislativa, no apagar das luzes de 2022.

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