Opinião
O futuro é analítico
Foto: Marcelo Casal Jr
Marcelo Casal Jr

Apesar de tantas incertezas que a pandemia trouxe no mundo inteiro, algo é certo: o mundo será cada vez mais dos dados. Sua utilização é estratégica em diferentes áreas de negócios e pode ser o grande diferencial competitivo das empresas, especialmente daquelas que atuam no comércio exterior. Não basta ter um grande volume de informações, mas saber extrair o que realmente interessa delas, ou seja, gerar insights a partir dos dados que são capturados por meio de ferramentas de Analytics e IA.

Se antes o foco principal das marcas era o produto, hoje a prioridade é a experiência do cliente. E para investir numa jornada que compreenda o que o cliente necessita e deseja, é fundamental ter acesso a dados que poderão ajudar no atendimento. Uma experiência diferenciada é capaz de encantar, fidelizar e gerar novos negócios.

Atualmente, existem empresas que não utilizam nem 3% dos dados que passam pelos seus sistemas. Imagine o potencial que está sendo desperdiçado sem analisá-los da maneira correta. O advento dos algoritmos, a utilização de regras extraídas de análises avançadas de dados e Machine Learning e as plataformas de Big Data permitem que as empresas tirem proveito da quantidade e variedade de dados que possuem em sua base e, também, das informações disponíveis em outras empresas, plataformas e Internet. Ignorar esse cenário é mais ou menos como ir na contramão das principais tendências de mercado.

Segundo o Gartner, até 2023, mais de 33% das grandes empresas terão analistas praticando inteligência de decisão (Decision Inteligence), que reúne várias disciplinas, incluindo gerenciamento e suporte à tomada de decisões. Ela fornece uma estrutura para ajudar os líderes de Data & Analytics a projetar, modelar, alinhar, executar, monitorar e ajustar modelos e processos de decisão no contexto de resultados e comportamento dos negócios.

O MIT Technology Review destaca que o movimento de transformação digital deverá circular, por ano, algo em torno de US﹩ 20 trilhões, o equivalente a mais de 20% do PIB global, sendo que os dados seguirão como um ativo de grande valor. Todas essas previsões contribuem para fortalecer dentro das empresas a cultura data-driven, capaz de gerar decisões mais assertivas, a partir da captação, extração e análise das informações capazes de transformar os negócios e a competitividade das empresas.

Já se tornou um mantra entre executivos e especialistas que os dados são o novo petróleo do mundo. E a importância deles tende a aumentar com a implementação de projetos de Internet das Coisas (IoT), que serão impulsionados pela tecnologia 5G. Com tudo conectado, a informação se tornará mais fluida, os processos mais inteligentes e o futuro mais analítico. Definitivamente, os dados são os protagonistas da vez.

*Konstanz Winter é gerente de Data Strategy da Asia Shipping, a maior integradora de cargas da América Latina.

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