
A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 18, uma operação que conta com o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão temporária e 1 mandado de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão.
A operação, denominada Sermão aos Peixes, investiga desvios de recursos públicos na saúde pública do Maranhão e está sendo realizada simultaneamente nos estados do Maranhão, Pará, Tocantins, Goiás e também no Distrito Federal.
A Polícia Federal realiza simultaneamente duas fases da mesma operação. A 6ª fase, denominada, Peixe de Tobias, investiga um suposto desvio no valor de R$ 2 milhões da área da saúde no estado vizinho para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz/MA, tendo ocorrido o pagamento de valores mensais a blogueiros. A PF apura as circunstâncias do fato entre os anos de 2011 e 2013.
Já na 7ª fase da operação, denominada Abscondito II, a PF investiga o vazamento de informações obtidas na primeira fase da operação Sermão aos Peixes. De acordo com a polícia, membros da suposta organização criminosa, teriam cooptado servidores públicos para obter informações sigilosas e privilegiadas sobre a investigação para que pudessem destruir provas.
Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros visando impedir que fosse decretada a perda de tais bens.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados.
Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da justiça federal.
Em palmas o médico Plínio Medeiros Filho chegou a ser detido e levado para a sede da PF para prestar depoimento. O médico atuava em Araguaína, Imperatriz e Açailândia.
Entre os mandados de prisão, um é contra o ex-secretário de saúde do Maranhão, Ricardo Murad. A justiça também determinou o bloqueio e sequestro de bens dos investigados no valor de R$ 15 milhões.