Palmas
Estrutura amarrada com arames e cordas coloca em risco o público que superlotou a arena do Arraiá da Capital
Grande número de pessoas se aglomeraram embaixo da estrutura da arena colocando suas vidas em risco
Grande número de pessoas se aglomeraram embaixo da estrutura da arena colocando suas vidas em risco

A estrutura montada pela Prefeitura de Palmas para receber o público no 24° Arraiá da Capital, gerou muitas críticas na noite deste sábado, 25 de junho. Primeiro, pela pequena capacidade de público, que compareceu em massa e gerou superlotação. E o mais grave, vários pontos da estrutura que deveriam estar presas por parafusos e grampos apropriados, estavam amarrados com arames e cordas.

Em uma das entradas, uma parte da ferragem chegou a se soltar e cair. Sem, entretanto, para sorte de todos, machucar nenhuma pessoa. A barra de ferro que chegou a cair, foi amarrada com cordas por membros da organização, assim como outras que já estavam amarradas e pouco tempo depois, dois bombeiros compareceram no local para vistoriar. Em contato com a reportagem, um dos bombeiros chegou a afirmar que a estrutura havia sido aprovada pelo Corpo Técnico Competente do Órgão e também teria sido aprovada pelo engenheiro que assinou a responsabilidade técnica do projeto.

Um agente da Guarda Metropolitana de Palmas, que não iremos identificar, chegou a aconselhar o público que estava na entrada para que não entrasse nas arquibancadas da arena, tal o risco visível oferecido pela estrutura e superlotação.

Dezenas de pessoas aglomeraram-se debaixo da estrutura para ver se conseguiam assistir o evento, colocando em risco suas vidas. 

O suplente de senador Donizeti Nogueira (PT) estava entre os que tentavam entrar na arena para assistir as apresentações. No entanto, após muito insistir, Donizeti desistiu pois os seguranças não liberaram a entrada. Para o senador, a gestão de Palmas que é comandada pelo prefeito Carlos Amastha (PSB), subestimou a presença do público. “Primeiro acho que a gestão municipal projetou mal a expectativa da presença do público aqui. Deveria ser maior a arena, já foi maior em outros tempos. Acho que projetou mal. Segundo, o pessoal que está aqui tem uma responsabilidade para não ter peso demais, gente demais e acontecer um acidente. Agora, tal como nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, as pessoas vem, pagam estacionamento e depois não podem participar. Isso é ruim! Revela que a administração subestimou a presença do público aqui e não fez uma arena com capacidade de atender a todos os que viessem”, afirmou.

A servidora pública, Gabriela Noleto, também tentava entrar na arena para assistir as apresentações. Segundo ela, a estrutura do evento não acompanhou a quantidade de propagandas antes do evento, na Capital. “Tinha propaganda em todos os lugares convidando a população para vir e chegamos aqui tivemos a surpresa de pagar estacionamento de R$ 10 e daí chega aqui não consegue nem entrar na arena. Tem um monte de gente aqui fora e tem um monte de gente no telão. Daí faz uma programação, um evento desse tamanho e faz uma arena minúscula. Não dá para entender!”, criticou.

Outras reclamações 

O público se queixou também da falta de infraestrutura mais confortável do local que é vendido na mídia, pela Prefeitura de Palmas, como sendo a Vila Olímpica, entretanto, o local, não passa de uma área aberta, de terrão, com poeira. A área era para ter recebido legados dos Jogos Mundiais Indígenas que chegou ao montante de cerca de R$ 100 milhões em investimentos, segundo o que foi divulgado. 

Os presentes questionaram também o porquê da Prefeitura preferir locar a estrutura móvel da arena ao invés de utilizar o Estádio Nilton Santos que encontra-se parado e sem realizar eventos há cerca de 30 dias, uma vez que os times da Capital foram eliminados do campeonato tocantinense de futebol. O estádio tem capacidade para 12 mil pessoas e teria abrigado confortavelmente o público que compareceu em peso ao Arraiá da Capital. 

O Conexão Tocantins aguarda um posicionamento da Prefeitura a respeito das falhas da estrutura e sobre os motivos que a levaram a preferir locar estrutura móvel ao invés de utilizar o estádio. 

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