Araguaína
Após mobilizações por segurança em Araguaína, carta de reivindicações é elaborada e encaminhada ao Governo do Estado
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Após as mobilizações de entidades, associações e ONGs pela segurança pública de Araguaína, uma carta de reivindicações foi construída e levada ao conhecimento do Governo do Estado. Dentre as demandas, está a reativação das células comunitárias e na noite da última quarta-feira, 8, a Secretaria de Segurança Pública enviou o comandante da Polícia Comunitária para debater o assunto junto aos representantes dos Conselhos de Segurança do município e sociedade civil organizada. A Associação Comercial e Industrial de Araguaína – Aciara, por meio do presidente Manoel de Assis Silva, também participou do debate.

Os participantes enfatizaram os benefícios da presença da polícia nos bairros com bases fixas e atuando em conjunto com as comunidades para identificação dos problemas e resolução pontual. Diante da impossibilidade argumentada pelo Governo do Estado de reativar as nove células existentes na cidade, Manoel sugeriu que pelo menos algumas delas, as mais estratégicas, possam voltar a funcionar, como forma de mostrar a organização da sociedade e poder público para uma cidade mais segura. “Muitas soluções apresentadas até agora são paliativas e não duradouras. Precisamos de uma ação mais enérgica das autoridades. A iniciativa de se discutir o assunto é mais que válida para despertar ainda mais a sociedade para as cobranças”, pontuou Manoel.

O assessor da Polícia Comunitária da Secretaria de Segurança Pública do Estado, tenente coronel Henrique de Sousa Lima Júnior, apresentou as primeiras ações para atender as reivindicações das comunidades. Uma delas é a reativação da base móvel da polícia para executar ações itinerantes nos bairros. “Vamos trabalhar também para deslocar uma base a mais da capital para cá e reforçar esse serviço”, afirmou o tenente-coronel. Outra garantia foi a oferta de um curso para formação de Agentes Comunitários de Segurança aos cidadãos para auxiliar no trabalho da polícia. “Estamos na fase de preparação de orçamentos para poder investir no futuro”, completou o assessor.

As discussões acabaram voltando para a principal deficiência da segurança pública em Araguaína e que é fundamental para a retomada da Polícia Comunitária: a falta de efetivo policial. O assunto foi lembrado pela juíza Juliane Freire Marques, do Tribunal de Justiça. “O Estado poderia remanejar policiais de outras cidades e realizar operações mais efetivas em Araguaína. Na época em que a Polícia Comunitária estava ativa, a sensação de segurança era muito maior”.

A atual situação de pessoal e equipamentos das forças de segurança é alvo de investigação do Ministério Público do Estado, conforme colocou o promotor Paulo Alexandre. “Instauramos um inquérito civil público para averiguar como o Estado está lidando com essa situação. Há policiais lotados em secretarias desnecessariamente”.

Os representantes dos conselhos de segurança lembraram que, na época da Polícia Comunitária, o índice de criminalidade chegava a cair mais da metade em algumas regiões. Mas foi lembrado que as ações repressivas não eram a saída, mas sim atividades junto às comunidades e, principalmente, aos jovens para agir de forma preventiva.

Foram sugeridas aos representantes do poder público ações pontuais e itinerantes nas áreas das células comunitárias enquanto os trabalhos da polícia não são retomados. Outro ponto foi a criação do Conselho de Segurança Pública Municipal e do Fórum Permanente de Segurança para manter vivas as discussões e cobranças. O tenente coronel Henrique garantiu que todas as demandas serão mais uma vez levadas ao conhecimento dos gestores e que os trabalhos serão permanentes para a reativação da Polícia Comunitária.

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