Saúde
Aumenta risco de acidentes com animais peçonhentos na temporada de praias; Sesau dá dicas de prevenção
Foto: Tharson Lopes
O Tocantins registra, anualmente, um número considerável de acidentes com animais peçonhentos | Tharson Lopes
O Tocantins registra, anualmente, um número considerável de acidentes com animais peçonhentos

O Tocantins registra, anualmente, um número considerável de acidentes com animais peçonhentos, entre eles serpentes, jararacas, cascavéis e escorpiões. De acordo com a Secretaria de Estado Saúde (Sesau), mais de 2,5 mil notificações de acidentes com este tipo de animal foram registrados no Tocantins em 2014. Entre janeiro e maio deste ano, os registros já mostram 1.162 casos. No entanto, a potencialidade hídrica aliada às temporadas sazonais de praia em diversos municípios tocantinenses aumentou a preocupação quanto a acidentes com animais aquáticos.  De acordo com a Sesau, uma solicitação já foi encaminhada ao Ministério da Saúde (MS) para inserir as arraias de água doce no quadro nacional de notificações de acidentes com animais peçonhentos.

De acordo com bióloga Shirley Barbosa, responsável pela área técnica de animais peçonhentos da Sesau, a solicitação para incluir as arraias no quadro nacional de notificações foi feita devido à potencialidade hídrica do Estado. “O Tocantins possui muitos rios e córregos. Com as temporadas de praias acontecendo entre os meses de junho a agosto, estes números de acidentes aumentam. Mesmo que não haja letalidade, no acidente com arraia, além da dor, existe a possibilidade de causar infecção e impossibilitar o acidentado para o trabalho”, afirmou.

No Estado, a maioria de acidentes com serpentes acontece na zona rural, sendo que a maioria dos registros são picadas de jararaca, seguido da cascavel. Já na Capital, a maior incidência é das picadas de escorpião, onde, até o momento, já foram registrados 52 acidentes, seguidos de 18 casos de picadas de serpentes.

Entre 1º de janeiro e 27 de abril de 2015, foram registrados 1.162 acidentes com animais peçonhentos no Tocantins. Outros tipos de animais envolvidos nos casos são abelhas, lagartas e aranhas. No ano passado, os acidentes com serpentes e escorpiões também foram os mais registrados. Dos 2.572 acidentes notificados em todo o ano de 2014 no Estado, 796 notificações envolviam acidentes com serpentes e 716 com escorpiões.

A bióloga afirmou ainda que 80% dos municípios tocantinenses possuem unidades de saúde com a medicação necessária em caso de acidentes, abrangendo todos os municípios do Estado. Entretanto, ela ressaltou que o atendimento precisa ser imediato. “A pessoa atacada precisa buscar rápido o atendimento para não haver complicação do quadro de saúde”, ressaltou.

Acidente

Moradora da Capital, a engenheira civil Renata Daher passou por uma situação desagradável. Há cerca de oito meses, ela estava se divertindo em uma das ilhas do Lago de Lajeado, quando foi atacada por uma arraia ao colocar o pé no chão. “Senti uma pequena fisgada no dedão do pé esquerdo. Na hora, pensei que se tratava apenas de um espinho, mas depois começou a doer tanto que tive que ir ao Pronto Atendimento tomar medicação forte para passar a dor”, afirmou.

Ainda de acordo com a engenheira civil, após o susto, ela teve que tomar uma série de medicamentos para conter um possível quadro infeccioso. “Com uma semana, eu pensei que já estava recuperada, mas a ferida não cicatrizou direito. Tive que ficar 20 dias em repouso absoluto”, disse.

Precauções

Dentre as principais medidas necessárias para se evitar acidentes com animais peçonhentos, está a higiene. Portanto, as recomendações mais importantes são não acumular entulho, lixo doméstico, ferragens, telhas e tijolos; conservar quintais, jardins e terrenos baldios limpos; manter o lixo armazenado em sacos plásticos e combater infestações de baratas e roedores.

Além disso, é necessário andar sempre calçado; nunca introduzir a mão em frestas ou buracos no chão, como tocas de tatus e cupinzeiros; colocar telas nas janelas; vedar ralos de pia, tanque, chão e soleiras de portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha. Roupas, calçados e toalhas devem ser sempre examinados antes de usados. (Ascom Sesau)

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