
Passado o período para as convenções partidárias, candidatos e líderes políticos se fecham em seus escritórios para traçar as estratégias eleitorais antes do processo que deve iniciar efetivamente a partir do mês de agosto.No entanto, mesmo antes do início do período eleitoral, o processo de formação de chapas e coligações deixou marcas profundas em partidos como o PMDB, por exemplo.
Da parte do maior partido do Estado, as decisões do presidente regional da legenda, deputado federal Junior Coimbra, não tem agradado membros do diretório estadual. Antes mesmo da convenção o PMDB abriu mão da candidatura do deputado Eli Borges em Palmas para indicar Cirlene Pugliese como vice na chapa de Marcelo Lelis (PV).
Além da capital, a posição do apoio do PMDB em Araguaina também gerou desacordo dentro do partido, de acordo com a deputada Josi Nunes (PMDB). Para a deputada faltou diálogo na base do partido antes do anúncio do apoio ao candidato Ronaldo Dimas (PR) que, assim como Lelis, é da base do governador Siqueira Campos (PSDB). “Nós precisamos agora nos reunirmos e organizarmos o partido.Em Araguaina o Gaguim e o Marcelo (ex-governadores do PMDB) já afirmaram que vão subir no palanque da Valderez (Castelo Branco – candidata a prefeita)”, completou.
Eleição AL
Além do apoio peemedebista à candidaturas governistas nos municípios, Josi Nunes ainda reclamou da falta de comunicação com relação ao destino do partido na eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. No mesmo dia em que indicou Cirlene como vice de Lelis, o presidente do PMDB também anunciou a retirada da candidatura do deputado José Augusto Pugliese (PMDB) e o apoio da legenda à candidatura do também governista Sandoval Cardoso (PSD). “Nós não fomos comunicados de nada disto. Eu mesmo não participei de nenhuma destas decisões do partido em âmbito estadual”, completou.
O clima dentro do partido ainda pode piorar. Fontes dão conta de uma grande insatisfação do deputado Eli Borges, preterido nas eleições pela presidência peemedebista. A deputada Josi informou que vai ligar ainda hoje para o presidente Junior Coimbra para marcar uma reunião do diretório estadual na tentativa de sanar os problemas internos do partido. “Existe uma crise interna que precisa ser discutida e resolvida. Eu tenho certeza de que se não fosse pela lei de fidelidade partidária, vários mandatários já teriam deixado o PMDB”, completou sem citar nomes.