Economia
Cresce endividamento das famílias em novembro, diz pesquisa da Fecomércio

Os consumidores de Palmas continuam cautelosos, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e FECOMÉRCIO Tocantins.

O endividamento das famílias que ganham menos de dez salários mínimos registrou em setembro uma estabilidade em relação a agosto passado, permanecendo em 59%. Foram entrevistadas 500 pessoas, as quais responderam a questões como nível de endividamento, condições de quitar os débitos, atrasos e condições de saldar as contas. Já na faixa de consumidores que ganham acima de dez mínimos, 93% declararam possuir dívidas no mês de setembro, ante 80% que estavam endividados em agosto.


A economista Marianne Hanson, da CNC, explica que existe uma trajetória de queda no endividamento. Para ela além de os consumidores estarem mais cautelosos em relação ao futuro e, por isso, terem mais receio na contratação de novas dívidas, há desaceleração nas concessões de crédito. “O mercado de crédito vem apresentando uma evolução mais modesta em relação ao ano passado, embora ainda bastante forte, em resposta ao aumento do custo do financiamento", afirma. Ela acrescentou que o patamar de endividamento atingiu um nível alto e, em razão disso, as pessoas também estariam pensando duas vezes antes de contratar novos empréstimos.


Contudo, ainda que o endividamento tenha diminuído nas classes mais baixas, houve um aumento na contratação de dívidas no grupo de famílias com renda superior a dez salários mínimos, indo de 80% em agosto para 93% em setembro. Dos palmenses entrevistados nas classes A e B, 98% disseram ter dívidas no cartão de crédito, 18% no cheque-especial, 28% em crédito pessoal e 58% com financiamento de carro. Entre os consumidores com renda até dez salários 61% têm dívidas no cartão de crédito, 3,7% no cheque-especial, 10,6% em crédito pessoal e 15% com financiamento de automóvel.


Observa-se que o mesmo fato ocorreu com a inadimplência, que diminuiu entre as famílias de renda mais baixa e aumentou no grupo de renda maior. Na faixa de menor renda, o porcentual de inadimplentes, que era de 11% em agosto, alcançou apenas 10% em setembro de 2011. No grupo de maior renda, esse percentual foi de 5% em agosto, e subiu para 9% em setembro. O número também é menor do que o registrado em setembro do ano passado, quando ficou em 23%. Os aumentos tanto no endividamento quanto na inadimplência das classes A e B estão relacionados à tomada de crédito para a compra de veículos, na avaliação da FECOMÉRCIO Tocantins.


Com relação à condição de quitar as dívidas, apenas 2% dos consumidores das classes A e B afirmaram que não poderão pagar seus débitos, frente a 0% da classe de menor renda. No mesmo período do ano passado, 5% dos que ganham até 10 salários mínimos afirmavam impossibilidades de quitar os valores devidos. (Ascom Fecomércio)

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