
O assessor jurídico da coligação Força do Povo, Sérgio do Vale, protocolou na manha desta quarta-feira, 15, uma ação de investigação contra o candidato ao governo do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) e também contra o coordenador da campanha do tucano, ex-senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB) e também o apresentador Wanderlan Gomes de Araguaina.
A coligação pede que o Tribunal Regional Eleitoral casse a candidatura de Siqueira alegando uso indevido de meio de comunicação. O primeiro argumento, conforme explicou Vale, é que Eduardo seria o diretor presidente da TV Girassol, que pertence ao Sistema Tocantinense de Comunicação.
Na alegação dos governistas, o apresentador estaria usando o espaço na TV para denegrir a imagem do candidato do PMDB, Carlos Henrique Gaguim (PMDB) e favorecer Siqueira.
A assessoria jurídica pede que o registro de Siqueira seja cassado e que o apresentador e ainda Eduardo Siqueira fiquem inelegíveis por oito anos. “Eles estão fazendo sistematicamente propagandas a favor de Siqueira e contra Gaguim”, disse Vale.
Na base da argumentação estão anexadas 17 ações julgadas contra o grupo de comunicação em questão. Segundo assessoria jurídica, em todas as ações a TV foi multada. O valor total, juntando todas as ações acatadas pelo TRE, seriam de quase R$ 1 milhão.
Outras 13 ações que abrangem alguns partidos da coligação de Siqueira também foram anexadas como argumentação. “Eles fizeram propaganda”, argumentou Vale. “Isso não é alegação é constatação”, completou.
Sobre o fato de estarem entrando com a ação apenas 18 dias antes do pleito, o advogado afirmou que o grupo estava aguardando a confirmação do TRE para algumas sentenças relacionadas ao grupo de comunicação envolvido na ação. “A nossa expectativa é que a ação seja julgada antes do pleito”, conta.
Segundo Vale, para analisar a ação não será preciso perícia, nem ouvir testemunhas, o que aumenta as chances do questionamento ser analisado no TRE antes do pleito.
Xambioá
A coligação entrou também nesta manhã com uma representação contra a prefeita de Xambioá, Ione Leite (PP). Com base em fotos e depoimentos, a assessoria jurídica de Gaguim alega que a prefeita do município estaria tentando forçar funcionários públicos a apoiarem a candidatura do filho, Júnior Leite.
Na alegação consta que a prefeita teria liberado os funcionários das atividades na prefeitura nesta segunda-feira, 13, para que eles fossem à uma caminhada em prol da candidatura do filho, que concorre a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Relatos de petistas na última semana ao Conexão Tocantins também apontaram que a gestora estaria usando essa prática de pressão para ajudar na candidatura do filho.
A coligação pede a cassação da candidatura de Júnior Leite e também punição à gestora do município que apoia a candidatura de Siqueira.